Santa Misa en la cena del Señor
Santa Misa da Ceia do Senhor celebrada no dia 09/04/2009, celebrada na Basilica de São João de Latrao.
A santidade é "a própria medida da vida cristã". Disse o Papa na Audiência geral de quarta-feira 13 de Abril, na praça de São Pedro, concluindo as catequeses dedicadas nos últimos dois anos às figuras de santos e santas.
Queridos irmãos e irmãs!
Nas Audiências gerais destes últimos dois anos acompanharam-nos as figuras de tantos Santos e Santas: aprendemos a conhecê-los mais de perto e a compreender que toda a história da Igreja está marcada por estes homens e mulheres que com a sua fé, caridade, e com a sua vida foram faróis para tantas gerações, e são-no também para nós. Os Santos manifestam de diversas formas a presença poderosa e transformadora do Ressuscitado; deixaram que Cristo se apoderasse tão plenamente da sua vida que puderam afirmar com são Paulo: "já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim" (Gl 2, 20). Seguir o seu exemplo, recorrer à sua intercessão, entrar em comunhão com eles, "une-nos a Cristo, do qual, como da Fonte e da Cabeça, promana toda a graça e toda a vida do próprio Povo de Deus" (Con. Ec. Vat. II, Const. Dogm. Lumen gentium, 50). No final desta série de catequeses, gostaria então de oferecer alguns pensamentos sobre o que é a santidade. Que significa ser santos? Quem é chamado a ser santo? Com frequência somos levados a pensar ainda que a santidade é uma meta reservada a poucos eleitos. São Paulo, ao contrário, fala do grande desígnio de Deus e afirma: "N'Ele - Cristo - (Deus) escolheu-nos antes da criação do mundo para sermos santos e imaculados diante d'Ele na caridade" (Ef 1, 4). E fala de todos nós. No centro do desígnio divino está Cristo. No qual Deus mostra o seu Rosto: o Mistério escondido nos séculos revelou-se em plenitude no Verbo que se fez homem. E Paulo depois diz: "De facto, aprouve a Deus que nele habite toda a plenitude" (Cl 1, 19). Em Cristo o Deus vivente tornou-se próximo, visível, audível, palpável para que todos possam beneficiar da sua plenitude de graça e de verdade (cf. Jo 1, 14-16). Por isso, toda a existência cristã conhece uma única lei suprema, aquela que são Paulo expressa numa fórmula que recorre em todos os seus escritos: em Cristo Jesus. A santidade, a plenitude da vida cristã não consiste em realizar empreendimentos extraordinários, mas em unir-se a Cristo, em viver os seus mistérios, em fazer nossas as suas atitudes, pensamentos e comportamentos. A medida da santidade é dada pela estatura que Cristo alcança em nós, desde quando, com a força do Espírito Santo, modelamos toda a nossa vida sobre a sua. É ser conformes com Jesus, como afirma são Paulo: "Aqueles que ele conheceu desde sempre, predestinou-os para serem conformes com a imagem do seu Filho" (Rm 8, 29). E santo Agostinho exclama: "Será viva a minha vida toda repleta de Ti" (Confissões, 10, 28). O Concílio Vaticano II, na Constituição sobre a Igreja, fala com clareza da chamada universal à santidade, afirmando que ninguém é excluído dela: "Nos vários géneros de vida e nas várias formas profissionais é praticada uma única santidade por todos os que são movidos pelo Espírito de Deus e... seguem Cristo pobre, humilde e carregando a cruz, para merecer ser partícipes da sua glória" (n. 41).
Mas permanece a questão: como podemos percorrer o caminho da santidade, responder a esta chamada? Posso fazê-lo com as minhas forças? A resposta é clara: uma vida santa não é fruto principalmente do nosso esforço, das nossas acções, porque é Deus, o três vezes Santo (cf. Is 6, 3), que nos torna santos, é a acção do Espírito Santo que nos anima a partir de dentro, é a própria vida de Cristo Ressuscitado que nos é comunicada e que nos transforma. Afirmando mais uma vez com o Concílio Vaticano II: "Os seguidores de Cristo, chamados por Deus não segundo as suas obras, mas segundo o desígnio da sua graça e justificados em Jesus Senhor, no baptismo da fé foram feitos verdadeiramente filhos de Deus e co-participantes da natureza divina, e por isso realmente santos. Por conseguinte, eles devem, com a ajuda de Deus, manter na sua vida e aperfeiçoar a santidade que receberam" (ibid., 40). A santidade tem por conseguinte a sua raiz última na graça baptismal, no sermos enxertados no Mistério pascal de Cristo, com o qual nos é comunicado o seu Espírito, a sua vida de Ressuscitado. São Paulo ressalta de modo muito forte a transformação que a graça baptismal realiza no homem e chega a cunhar uma terminologia nova, forjada com a preposição "com": co-mortos, co-sepultados, co-vivificados com Cristo; o nosso destino está ligado indissoluvelmente ao seu. "Pelo baptismo - escreve - fomos sepultados com ele na morte para que, assim como Cristo ressuscitou dos mortos... assim também nós possamos caminhar numa vida nova" (Rm 6, 4). Mas Deus respeita sempre a nossa liberdade e pede que aceitemos este dom e vivamos as exigências que ele requer, pede que nos deixemos transformar pela acção do Espírito Santo, conformando a nossa vontade com a vontade de Deus.
Como pode acontecer que o nosso modo de pensar e as nossas acções se tornem pensar e agir com Cristo e de Cristo? Qual é a alma da santidade? De novo o Concílio Vaticano II esclarece; diz-nos que a santidade cristã mais não é do que a caridade plenamente vivida: ""Deus é amor; quem permanece no amor permanece em Deus e Deus nele" (1 Jo 4, 16). Ora, Deus difundiu abundantemente o seu amor nos nossos corações por meio do Espírito Santo, que nos foi doado (cf. Rm 5, 5); por isso o primeiro dom e o mais necessário é a caridade, com a qual amamos Deus acima de todas as coisas e ao próximo por amor a Ele. Mas para que a caridade cresça, como uma boa semente, na alma e nela frutifique, cada fiel deve ouvir de bom grado a palavra de Deus e, com a ajuda da graça, cumprir com as obras a sua vontade, participar frequentemente dos sacramentos, sobretudo da Eucaristia e da sagrada liturgia; aplicar-se constantemente à oração, à abnegação de si mesmo, ao serviço activo dos irmãos e à prática de todas as virtudes. De facto, a caridade, vínculo da perfeição e cumprimento da lei (cf. Cl 3, 14; Rm 13, 10), orienta todos os meios de santificação, dá-lhes forma e condu-los ao seu fim" (Lumen gentium, 42). Talvez também esta linguagem do Concílio Vaticano II para nós ainda seja um pouco solene, talvez tenhamos que dizer as coisas de modo ainda mais simples. O que é essencial? Essencial é nunca deixar passar um domingo sem um encontro com o Cristo Ressuscitado na Eucaristia; isto não é mais um peso, mas é luz para toda a semana. Nunca começar nem terminar um dia sem, pelo menos, um breve contacto com Deus. E, no caminho da nossa vida, seguir as "indicações estradais" que Deus nos comunicou no Decálogo lido com Cristo, que é simplesmente a explicitação do que é a caridade em determinadas situações. Parece-me que esta é a verdadeira simplicidade e a grandeza da vida de santidade: o encontro com o Ressuscitado aos domingos; o contacto com Deus no início e no findar do dia; seguir, nas decisões, as "indicações estradais" que Deus comunicou, que são apenas formas de caridade. "Por isso o verdadeiro discípulo de Cristo caracteriza-se pela caridade para com Deus e para com o próximo" (Lumen gentium, 42). Esta é a verdadeira simplicidade, grandeza e profundidade da vida cristã, do ser santos.
Eis por que santo Agostinho, comentando o capítulo quarto da Primeira Carta de são João, pode afirmar uma coisa corajosa: "Dilige et fac quod vis", "Ama e faz o que queres". E prossegue: "Quando silencias, que seja por amor; quando falas, fala por amor; quando corriges, que seja por amor; quando perdoas, que seja por amor; haja em ti a raiz do amor, porque desta raiz só pode derivar o bem" (7, 8: PL 35). Quem é guiado pelo amor, quem vive a caridade plenamente é guiado por Deus, porque Deus é amor. Assim é válida esta grande palavra: "Dilige et fac quod vis", "Ama e faz o que queres".
Talvez possamos perguntar: podemos nós, com os nossos limites, com a nossa debilidade, tender para tão alto? A Igreja, durante o Ano Litúrgico, convida-nos a fazer memória de uma multidão de Santos, ou seja, daqueles que viveram plenamente a caridade, que souberam amar e seguir Cristo na sua vida quotidiana. Eles dizem-nos que é possível para todos percorrer este caminho. Em todas as épocas da história da Igreja, em qualquer latitude da geografia do mundo, os Santos pertencem a todas as idades e a qualquer estado de vida, são rostos concretos de todos os povos, línguas e nações. E são tipos muito diversos. Na realidade devo dizer que também para a minha fé pessoal muitos santos, não todos, são verdadeiras estrelas no firmamento da história. E gostaria de acrescentar que para mim não só alguns grandes santos que amo e que conheço bem são "indicações estradais", mas precisamente também os santos simples, ou seja as pessoas boas que vejo na minha vida, que nunca serão canonizadas. São pessoas normais, por assim dizer, sem heroísmo visível, mas vejo na sua bondade de todos os dias a verdade da fé. Esta bondade, que maturaram na fé da Igreja, é para mim a apologia do cristianismo mais segura e o sinal de onde se esteja a verdade.
Na comunhão dos Santos, canonizados ou não, que a Igreja vive graças a Cristo em todos os seus membros, nós beneficiamos da sua presença e da sua companhia e cultivamos a firme esperança de poder imitar o seu caminho e partilhar um dia a mesma vida bem-aventurada, a vida eterna.
Queridos amigos, como é grande e bela, e também simples, a vocação cristã vista sob esta luz! Todos somos chamados à santidade: é a própria medida da vida cristã. São Paulo expressa isto mais uma vez com grande intensidade, quando escreve: "Mas, a cada um de nós foi concedida a graça na medida outorgada por Cristo... A uns, Ele constituiu apóstolos, a outros, profetas, a outros, evangelistas, pastores e doutores, para o aperfeiçoamento dos santos, para obra do ministério para a edificação do Corpo de Cristo; até que cheguemos todos à unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus ao estado de homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo" (Ef 4, 7.11-13). Gostaria de convidar todos a abrir-se à acção do Espírito Santo, que transforma a nossa vida, para sermos também nós como peças do grande mosaico de santidade que Deus vai criando na história, para que o rosto de Cristo resplandeça na plenitude do seu esplendor. Não tenhamos medo de tender para o alto, para as alturas de Deus; não tenhamos medo que Deus nos peça demasiado, mas deixemo-nos guiar em todas as acções quotidianas pela sua Palavra, mesmo se nos sentimos pobres, inadequados, pecadores: será Ele que nos transforma segundo o seu amor. Obrigado.
No final da audiência, saudando em várias línguas os fiéis presentes, o Papa proferiu em português:
De coração saúdo os peregrinos do Brasil e os portugueses da paróquia de São Martinho do Bispo e da Escola de Lourinhã. Esta vossa peregrinação a Roma seja para todos um encontro com Jesus Cristo, que encha cada vez mais a vossa vida de amor de Deus e do próximo. Sobre as vossas famílias e comunidades desçam abundantes os favores divinos, que, sobre todos invoco, ao dar-vos a Bênção Apostólica.
A riqueza da piedade popular radicada na fé é um excelente instrumento para a nova evangelização. Disse-o o Papa dirigindo-se na manhã de sexta-feira, 8 de Abril, aos participantes na assembleia plenária da Pontifícia Comissão para a América Latina. A audiência, introduzida pela saudação do cardeal Marc Ouellet, prefeito da Congregação para os Bispos, teve lugar na Sala do Consistório. Publicamos a tradução do discurso de Bento XVI.
Prezados Senhores Cardeais
Estimados Irmãos Bispos
1. Saúdo com afecto os Conselheiros e os membros da Pontifícia Comissão para a América Latina, aqui reunidos em Roma por ocasião da Assembleia Plenária. Saúdo especialmente o Senhor Cardeal Marc Ouellet, Prefeito da Congregação para os Bispos e Presidente da mencionada Pontifícia Comissão, agradecendo-lhe vivamente as palavras que me dirigiu em nome de todos para me apresentar os resultados destes dias de estudo e de reflexão. 2. O tema escolhido para este encontro, "Incidência da piedade popular no processo de evangelização da América Latina", aborda directamente um dos aspectos mais importantes para a tarefa missionária em que estão empenhadas as Igrejas particulares deste grande continente latino-americano. Os bispos que se reuniram em Aparecida para a V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, que tive o prazer de inaugurar durante a minha viagem ao Brasil, em Maio de 2007, apresentam a piedade popular como um espaço de encontro com Jesus Cristo e um modo de expressar a fé da Igreja. Portanto, não pode ser considerada como um aspecto secundário da vida cristã, pois isto "seria esquecer o primado da acção do Espírito e a iniciativa gratuita do amor de Deus" (Documento conclusivo, n. 263).
Esta simples expressão da fé tem as suas raízes precisamente no início da evangelização daquelas terras. Com efeito, na medida em que a mensagem salvífica de Cristo iluminava e estimulava as culturas autóctones, tecia-se gradualmente a rica e profunda religiosidade popular que caracteriza a vivência de fé dos povos latino-americanos que, como disse no discurso de inauguração da Conferência de Aparecida, constitui "o precioso tesouro da Igreja Católica na América Latina, que ela deve proteger, promover e, naquilo que for necessário, também purificar" (n. 1).
3. Para realizar a tarefa da nova evangelização na América Latina, segundo um processo que impregna todo o ser e o agir do cristão, não se pode pôr de lado as múltiplas demonstrações da piedade popular. Todas, bem focalizadas e oportunamente acompanhadas, propiciam um encontro fecundo com Deus, uma intensa veneração do Santíssimo Sacramento, uma profunda devoção à Virgem Maria, um alimentar o afecto pelo Sucessor de Pedro e uma tomada de consciência de pertença à Igreja. Que tudo sirva também para evangelizar, comunicar a fé, aproximar os fiéis aos sacramentos, reforçar os vínculos de amizade e de união familiar e comunitário, assim como para incrementar a solidariedade e o exercício da caridade.
Por conseguinte, a fé tem que ser a fonte principal da piedade popular, para que esta não se reduza a uma simples expressão cultural de uma determinada região. Além disso, deve estar em estrita relação com a sagrada Liturgia, que não pode ser substituída por expressão religiosa alguma. Neste sentido, não se pode esquecer, como afirma o Directório sobre a piedade popular e a liturgia, publicado pela Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, que "liturgia e piedade popular são expressões cultuais que devem ser postas em recíproca e fecunda relação: porém, a Liturgia deverá constituir o ponto de referência para "focalizar com lucidez e prudência os anseios de oração e de vida carismática" que se encontram na piedade popular; por sua vez a piedade popular, com os seu valores simbólicos e expressivos, poderá proporcionar à Liturgia algumas coordenadas para uma válida inculturação e estímulos para um eficaz dinamismo criador" (n. 58).
4. Na piedade popular encontram-se muitas expressões de fé ligadas às grandes celebrações do ano litúrgico, em que a população simples da América Latina reafirma o amor que sente por Jesus Cristo, no qual encontra a manifestação da proximidade de Deus, da sua compaixão e misericórdia. São numerosos os santuários dedicados à contemplação dos mistérios da infância, paixão, morte e ressurreição do Senhor, e a ele se dirigem multidões de pessoas para colocar nas suas mãos divinas os seus sofrimentos e alegrias, pedindo ao mesmo tempo abundantes graças e implorando o perdão dos seus pecados. Intimamente unida a Jesus está também a devoção dos povos da América Latina e do Caribe pela Santíssima Virgem Maria. Ela, desde dos alvores da evangelização, acompanha os filhos deste continente e é para eles fonte de inesgotável esperança. Por isso, recorre-se a Maria como Mãe do Salvador, para sentir constantemente a sua protecção amorosa sob muitas devoções. Da mesma forma, os santos são considerados como estrelas luminosas que constelam o coração de numerosos fiéis daqueles países, edificando-os com o seu exemplo e protegendo-os com a sua intercessão.
5. Todavia, não se pode negar que existem algumas formas desviadas de religiosidade popular que, em vez de promover uma participação activa na Igreja, pelo contrário criam mais confusão e podem favorecer uma prática religiosa meramente exterior e desvinculada de uma fé bem enraizada e interiormente viva. Neste sentido, quero recordar aqui o que escrevi aos seminaristas no ano passado: "A piedade popular tende para a irracionalidade e, às vezes, talvez mesmo para a exterioridade. No entanto, excluí-la, é completamente errado. Através dela, a fé entrou no coração dos homens, tornou-se parte dos seus sentimentos, dos seus costumes, do seu sentir e viver comum. Por isso a piedade popular é um grande património da Igreja. A fé fez-se carne e sangue. Sem dúvida a piedade popular deve ser sempre purificada, referida ao centro, mas merece a nossa estima; de modo plenamente real, ela faz de nós mesmos "Povo de Deus"" (Carta aos seminaristas, 18 de Outubro de 2010, n. 4).
6. Durante os encontros que tive nestes últimos anos, por ocasião das visitas ad limina, os Bispos de América Latina e do Caribe sempre me referiram sobre o que estão a realizar nas suas respectivas circunscrições eclesiástica para encaminhar e incentivar a Missão continental, com a qual o episcopado latino-americano quis relançar o processo de nova evangelização depois de Aparecida, convidando todos os membros da Igreja e colocarem-se num estado permanente de missão. Trata-se de uma escolha muito importante, pois com ela se quer regressar a um aspecto fundamental da obra da Igreja, isto é, dar prioridade à Palavra de Deus para que seja o alimento permanente da vida cristã e o centro de toda a acção pastoral.
Este encontro com a Palavra divina deve levar a uma transformação profunda da vida, para uma identificação radical com o Senhor e com o Evangelho, a tomar plena consciência que é necessário estar firmemente ancorados em Cristo, reconhecendo que "não há uma decisão ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo" (Carta Encíclica Deus Caritas est, n. 1).
Neste sentido, estou feliz por saber que na América Latina está a crescer a prática da lectio divina nas paróquias e nas pequenas comunidades eclesiais, como uma forma comum de alimentar a oração e, desta maneira, dar firmeza à vida espiritual dos fiéis, dado que "nas palavras da Bíblia a piedade popular encontrará uma fonte inesgotável de inspiração, modelos insuperáveis de oração e fecundas propostas sobre diversas temáticas" (Directório sobre a piedade popular e a liturgia, n. 87).
7. Queridos irmão, agradeço-vos pelas válidas contribuições finalizadas a proteger, promover e purificar tudo o que está ligado às expressões da religiosidade popular na América Latina. Para alcançar este objectivo, será muito importante continuar a estimular a Missão continental, na qual deve encontrar um espaço especial tudo o que se refere a este âmbito pastoral, que constitui uma forma privilegiada para que a fé seja acolhida no coração do povo, sensibilize profundamente as pessoas e se manifeste vigorosa e operante através da caridade (cf. Gl 5, 6).
8. Ao concluir este agradável encontro e ao invocar o doce nome de Maria Santíssima, perfeita discípula e pedagoga da evangelização, dou-vos de coração a Bênção Apostólica, penhor da bondade divina.